Postado em 10/09/2016
Por Rubens Amaral*
Agora sim, nesses próximos dias vão desfilar para nós os verdadeiros campeões olímpicos, aqueles que o são porque superaram todos os desafios e recordes que a vida lhes impôs.
Sim, porque não foi uma única corrida ou um simples jogo de futebol ou até mesmo um único salto que os coloca como campeões. Nossos paralímpicos são também “paragentes”, pessoas que sabem o significado do nós, pois o prefixo grego “para” significa estar ao lado, proximidade, semelhança, coisa difícil de ser entendida por alguns, poucos, olímpicos arrogantes, prepotentes, mesquinhos e milionáriozinhos que de “para” só conhecem aquilo que são, paradeiros da vaidade.
Mas não é deles que quero falar. São nos paraolímpicos que me quero mirar, que me quero exercitar, na capacidade e no treino para me superar e encontrar aquilo que todos eles já encontraram, qual seja, na utopia do sonho possível a transformação da realidade impossível.
Desculpem, eu não quero ser olímpico, até porque não conseguiria mais, não só por não ter as condições físicas nem as virtudes de um atleta, mas principalmente, porque é muito melhor ser paralímpico, aliás já sou, já somos, você e eu e todos nós que sabemos que é na olimpíada da vida que se forjam os verdadeiros campeões paralímpicos.
Quero enxergar como o deficiente visual e sentir a beleza de poder ver meu irmão feliz. Quero correr como o coxo e entender a velocidade da vida, reduzindo minha ansiedade, vivendo a realidade. Quero nadar como o amputado que não se sente desmembrado da fé. Quero caminhar como o cadeirante e na sua humildade rezar pelo arrogante. Quero ser plégico no ódio e hiperativo no amor.
Enfim, quero que os deuses do Olimpo fiquem só na mitologia grega e o meu único e verdadeiro ParaDeus me torne, cada vez mais, paraolímpico para que eu possa de uma vez por todos entender e praticar o verdadeiro espírito paralímpico cantado no hino do sermão do Monte Paralímpico, o hino da felicidade, onde reina o ParaDeus, Aquele que é Pai de todos nós e que nos treina e capacita para superarmos todos os desafios e recordes da paraolimpíada terrena nos permitindo carregar no peito a verdadeira medalha dos campeões, aquela que pulsa e ama e que, diferentemente das medalhas que produzem fama e dinheiro, nos abrem as portas da riqueza eterna onde somente irão habitar os verdadeiros paracampeões do amor.
Agora é com você. Transforme o conhecimento em comportamento.
* Rubens Amaral é médico e gentecista
RUBENS AMARAL E FAMILIA ESTIVERAM ACOMPANHANDO OS JOGOS PARAOLÍMPICOS DO RIO DE JANEIRO
TEXTO PUBLICADO NO BOQNEWS DE 10/09/2016
Tags: Paralimpíadas;, Esportes,
Categoria: Aprimoramento Pessoal, Esportes, Gentecista, Homenagens,
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